Ilusões visuais

No desenho 9 a roda é cortada por seções perpendiculares em seus eixos: vertical e horizontal. Isso dá uma ilusão, que o círculo é côncavo na intersecção das seções.

No desenho 10 a altura de um triângulo isósceles foi dividida em duas partes iguais. Parte da altura deste triângulo, estar mais perto de seu topo, parece menor do que a parte em sua base. No desenho 10 b o trapézio superior parece maior que o trapézio inferior, que foi ligeiramente deslocado do topo, mas na verdade os dois são iguais.

Dois quadrados com as mesmas dimensões foram divididos em quatro partes iguais: primeiro – linhas verticais, segundo – horizontal. Parece, que o primeiro quadrado é mais largo que o segundo (fig.11). A mesma ilusão aparecerá ao hachurar dois quadrados de igual tamanho com linhas verticais e horizontais (fig.12).

Passemos agora à explicação do chamado. Os delírios de Delboef (Joseph Delboef – filósofo, matemático e psicólogo belga, ele lidou principalmente com a psicofísica e estudou as diferenças entre as impressões visuais).

No desenho 13 dois círculos com o mesmo raio R são mostrados: dentro -1 e externo – 2. Com fundos 0 rodas, mais dois círculos foram desenhados: Lado de fora 3 com um raio maior e interno 4 com raio menor que o raio R.. Parece, que o círculo interno 1 é maior do que o exterior, marcado com um número 2. Podemos explicar esse fenômeno da seguinte forma: olhando essas rodas, não os vemos separadamente, mas percebemos os anéis.

No desenho 14 ambas as rodas internas 1 eu 2 tem raios R de igual comprimento, enquanto os círculos externos são desenhados com raios de diferentes comprimentos. Quando olhamos para o desenho parece-nos, que o círculo interno 1 é maior que o círculo interno 2.

Um fenômeno semelhante de ilusões visuais ocorre nos desenhos 15 eu 16 e é causado pelo contraste de tamanho dos campos ao redor dos círculos internos. Esses desenhos mostram o mesmo arranjo de rodas em contorno e silhueta. Ao compará-los encontramos, que o fenômeno das ilusões visuais aparece mais claramente na figura 16.

Ainda outro exemplo da interpretação de algumas ilusões visuais é mostrado na figura 17: dois quadrados, o primeiro dos quais é hachurado com linhas em ângulo 45 graus, e outros – o mesmo tamanho – é brilhante e cercado por uma praça maior, chocado no mesmo ângulo. O plano quadrado brilhante, como ativo, parece maior que o plano escuro.

Podemos ver o mesmo fenômeno na imagem 18, que tem quatro quadrados de igual tamanho, e dentro deles círculos e quadrados dos mesmos diâmetros e lados. Ao colorir planos individuais de preto e branco, temos a impressão, que o branco aparentemente aumenta, e preto reduz a área do círculo e quadrado. Este fenômeno é usado, por exemplo, em roupas.

Desenhando um quadrado e um círculo com um diâmetro igual ao comprimento do lado do quadrado (rys. 19 uma) nós percebemos, que o diâmetro do círculo é aparentemente menor que o lado do quadrado. Por outro lado, desenhando um círculo com diâmetro um pouco maior que o lado do quadrado, temos a impressão de dimensões iguais (rys. 19 b).

No desenho 20 a e b mostram dois planos com o mesmo ângulo. Este desenho pode ser lido de duas maneiras: como duas páginas (ou paredes) visto de fora ou de dentro.

Os exemplos dados não esgotam todos os fenômenos de ilusões de ótica, mas eles mostram apenas o mais simples e típico, com quem nos encontraremos na leitura de vários desenhos. Eles sinalizam, como é fácil cometer erros olhando brevemente para os desenhos, sem analisá-los.

Na vida cotidiana nos deparamos com vários exemplos de ilusões visuais, por exemplo, sobre o tamanho do disco do sol ao nascer do sol, ao meio-dia e ao pôr do sol, o tamanho da lua cheia ao nascer do sol, tão perto do horizonte da terra. Também percebemos ilusões visuais ao olhar para objetos mais próximos ou distantes de nós, na confluência da linha da estrada que vai fundo e a linha das copas das árvores à beira da estrada, bases de postes telegráficos etc.. Fenômenos de perspectiva serão discutidos em mais detalhes neste capítulo. 5.

Os exemplos citados de ilusões de ótica estão relacionados a um defeito ocular bem conhecido, que, apesar de sua construção precisa, causa erros na percepção das imagens. Este defeito também pode ser explicado por certas propriedades psicológicas e fisiológicas. Entre as teorias comumente aceitas sobre a formação de ilusões visuais, esta merece atenção em primeiro lugar, quais pontos, que a atenção do espectador ao perceber diferentes impressões visuais é desviada do objetivo principal por elementos adicionais na forma de linhas ou planos com uma disposição diferente. Nós também sabemos, que a luz e a cor proporcionam muitas ilusões de ótica. Essas questões serão discutidas em capítulos posteriores.